Há 227 anos, o povo francês tomava a Bastilha
A Bastilha era uma velha fortaleza na França, utilizada pelo Cardeal
Richelieu como prisão para intelectuais e nobres, especialmente os
opositores do rei. A invasão da fortaleza pelo povo de Paris, em 14 de
julho de 1789, é a data referencial para marcar as comemorações da
Revolução Francesa. A tomada da Bastilha tinha o aspecto simbólico de
ocupar um dos expoentes máximos do absolutismo e dar início à revolução.
Para lembrar desta data histórica, o Estante Blog separou cinco
romances que abordam, de alguma forma, a Revolução Francesa em suas
diferentes fases. Confira.
Repleto de aventura, romance e tragédia, o romance teve como inspiração a obra História da Revolução Francesa.
A peculiaridade deste romance começa na condição indissociável da
escrita de Charles Dickens: é obviamente com o olhar estrangeiro e não
raro antagônico de um inglês que ele dá vazão à sua trama. No entanto,
isso não o impede de ir ao fundo de questões fundamentais e de compor um
quadro impressionante do que foi aquele período da história da França
para os homens da época. Estão todos ali. Personalidades marcantes, na
melhor tradição do romance folhetinesco. De outro lado, contrapõe-se a
multidão: o povo miserável de Paris e de seus arrabaldes, ora
animalizado na pobreza à qual os empurrou uma voraz aristocracia, ora
plateia ensandecida do espetáculo dantesco de “La Guillotine”.
A maior parte dos romances sobre a revolução francesa é ambientada em
Paris ou Versalhes. Esta obra, no entanto, retrata a história de uma
família durante a Guerra de Vendée, uma brutal contra-revolução
monárquica. Contada através dos olhos de Sophie Busson, a filha de um
artesão, a história registra uma família engajada na revolução tentando
reconstruir sua vida após o conflito.
Paris, 1789. O poder real está em declínio e as multidões tomam as
ruas clamando pela revolução. É nessa França instável que o destino de
três jovens, cuja amizade foi cunhada sob o Antigo Regime, é traçado –
Maximilien Robespierre, Camille Desmoulins e Georges-Jacques Danton.
Juntos, serão os três grandes artífices da Revolução Francesa.
1785. Jean-Baptiste Baratte, um jovem engenheiro iluminista, tido
como amante de Voltaire, recebe uma missão desafiadora do rei Luís XVI:
livrar-se da igreja e do cemitério de Les Innocents. No início, o
protagonista percebe nessa empreitada uma chance de limpar o fardo da
história, a tarefa perfeita para um homem moderno, do futuro, da razão.
Ele logo sente, porém, que a igreja e o cemitério são apenas prenúncios
de uma queda maior que ainda está por vir. Miller utiliza seu herói,
Jean-Baptiste, e a destruição da igreja e do cemitério como formas de
dramatizar uma das grandes questões do Iluminismo: qual é a situação do
passado? É algo a ser valorizado e preservado ou deveria ser
simplesmente esquecido?
No início do século XIX, Féraud e D’Hubert, dois oficiais franceses
do Grande Exército de Napoleão Bonaparte, encontram-se. Uma disputa por
uma ninharia se transforma em animosidade. Eles duelam – o que é
proibido a oficiais franceses em tempos de guerra -, mas o duelo não é
conclusivo. A partir de então, suas vidas nunca mais serão as mesmas.
Ambientada em vários lugares da Europa e tendo como pano de fundo as
guerras napoleônicas, essa é a história de dois homens marcados por uma
obsessão: eles passarão a existência procurando e desafiando um ao outro
para sucessivos combates.
Bibliografia:
ESTANTE VIRTUAL. Cinco romances inspirados pela Revolução Francesa. Disponível em: <http://blog.estantevirtual.com.br/2016/07/14/cinco-romances-inspirados-pela-revolucao-francesa/> Acesso em: 18 de julho de 2016