terça-feira, 10 de janeiro de 2017

MORRE AOS 91 ANOS, ZYGMUNT BAUMAN















Zygmunt Bauman, sociólogo polonês conhecido como o criador do conceito da "modernidade líquida", estudou os efeitos do individualismo e da sociedade de consumo. 

Bauman nasceu em Poznan, Polônia, no dia 19 de novembro de 1925. No dia 09 de janeiro de 2017, aos 91 anos, ele faleceu na cidade de Leeds, na Inglaterra, onde morava. A notícia da morte foi divulgada pelo jornal Gazeta Wybocza, mas sua causa ainda não foi divulgada.

Bauman serviu na Segunda Guerra Mundial pelo exército da União Soviética e conheceu a esposa, Janine, nos acampamentos de refugiados polacos. Graduou-se em sociologia na URSS, mas iniciou a carreira na Universidade de Varsóvia, de onde foi afastado em 1968, após ter vários livros e artigos censurados. Saiu da Polônia após sofrer perseguições anti-semitas e, na Grã-Bretanha, tornou-se professor titular da Universidade de Leeds. Recebeu os prêmios Amalfi, em 1989, e Adorno, em 1998. Foi professor emérito de Sociologia das universidades de Leeds e de Varsóvia.

Seus trabalhos mais conhecidos são Amor líquido, Isto não é um diário e Aprendendo a pensar com a Sociologia. Conheça 10 obras do autor!


Ensaios sobre o conceito de cultura

A cultura – ensina Bauman – é um inimigo natural da alienação, um audacioso movimento humano para se libertar da necessidade e conquistar a liberdade de criação. Nesse livro, o sociólogo faz uma revisão crítica do conceito de cultura nas ciências sociais, percorrendo um longo caminho, que vai dos gregos antigos até o pós-estruturalismo. Em cada um dos três ensaios, examina as principais correntes de pensamento que estudaram o significado da cultura na sociedade.




Isto não é um diário

Neste inspirado diário, Bauman oferece fragmentos organizados em que comenta com sua habitual agudeza o que leu nos jornais, viu na televisão, soube por outros, enfim, os principais temas da sociedade contemporânea. Com uma simplicidade invejável, ensina a ler e a pensar sobre o que vivemos.






Globalização: As consequências humanas

Sem oferecer todas as respostas sobre o tema, o sociólogo mostra as raízes e as consequências do processo de globolizaçãol, e dispersa um pouco da névoa e da banalização que cercam este termo. Numa análise instigante, Bauman convida os leitores a uma reflexão sobre os efeitos da globalização – premissa supostamente inquestionável a respeito do nosso modo de vida – na política, na economia, nas estruturas sociais e até em nossas percepções de tempo e espaço.




Estado de crise

A crise mais séria da modernidade, a de 1929, foi habilmente contornada pelo Estado. Contudo, a crise pela qual hoje passamos é diferente. No mundo globalizado, os governos estão cada vez mais impotentes para gerenciá-la, e os cidadãos, cada vez mais insatisfeitos com seus governantes. Neste livro indispensável, ambos autores debruçam-se sobre o atual contexto para debater esta nova – e nada passageira – crise mundial, fazendo uma análise inédita das questões que a sociedade líquida vem enfrentando.




O Mal-estar da Pós-Modernidade

Neste livro, o sociólogo Zygmunt Bauman mostra que a marca da pós-modernidade - ou seu valor supremo - é a 'vontade de liberdade' que acompanha a velocidade das mudanças econômicas, tecnológicas, culturais e do cotidiano. Daí resulta um mundo vivido como incerto, incontrolável e assustador - bem diverso da segurança projetada em torno de uma vida social estável, ou em torno da ordem, como pensava Freud em 'O malestar na civilização'.





Em Busca da Política

O argumento central desse livro reside na idéia de que a liberdade individual só pode ser produto do trabalho coletivo, ou seja, só pode ser garantida coletivamente. Entretanto, como mostra Zygmunt Bauman, hoje rumamos para a privatização dos meios de assegurar esta liberdade – projeto que, se pretende ser um tratamento contra os males atuais, está fadado aos mais funestos resultados. Em mais um brilhante ensaio, Bauman busca tornar novamente possível a arte de traduzir os problemas pessoais em questões de ordem pública – imperativo vital e urgente para a renovação da política. Uma verdadeira investigação sobre a relação entre a estrutura do mundo atual e a maneira como nele vivemos.




A Sociedade Individualizada


A individualização se tornou o destino de todo habitante de uma grande cidade contemporânea, não uma opção. A sociedade estimula os indivíduos a agirem em função dos problemas e medos que surgem diariamente. E, ao tentar fazer com que as vidas tenham sentido, os homens tendem a culpar suas próprias falhas e fraquezas pelos desconfortos e derrotas que enfrentam. Para o renomado sociólogo polonês Zygmunt Bauman a reação só leva a mais isolamento. O pensador vai fundo nessa teoria e mostra como a sociologia pode contribuir para conectar as decisões e ações individuais aos medos e questionamentos mais profundos do ser humano.


Capitalismo parasitário

O aclamado sociólogo Zygmunt Bauman lança nesse novo livro o seu olhar crítico sobre temas variados do mundo contemporâneo: cartões de crédito, anorexia, bulimia, a crise financeira de 2009 e suas possíveis soluções, a inutilidade da educação nos moldes atuais, a cultura como balcão de mercadorias... Todos são fenômenos que colaboram para o mal-estar dominante em nossas sociedades, e estão brilhantemente relacionados ao conceito de liquidez desenvolvido pelo sociólogo. Aspectos tão diferentes são articulados de maneira densa, produzindo uma compreensão singular das raízes desse mal-estar.
Mais uma vez, as ideias de Bauman orientam e iluminam nossa compreensão da atualidade, tocando na raiz dos problemas da vida cotidiana.


Vida para consumo

Um dos mais perspicazes pensadores da atualidade, Bauman nos revela a verdade oculta, um dos segredos mais dissimulados da sociedade contemporânea: a sutil e gradativa transformação dos consumidores em mercadorias. As pessoas precisam se submeter a constantes remodelamentos para que, ao contrário de roupas e produtos que rapidamente saem de moda, não fiquem obsoletas. Bauman examina ainda o impacto da conduta consumista em diversos aspectos da vida social: política, democracia, comunidades, parcerias, construção de identidade, produção e uso de conhecimento. E dá especial atenção ao mundo virtual: redes de relacionamento, como Orkut e MySpace, não refletem a idéia do homem como produto?


A Riqueza de Poucos Beneficia Todos Nós?

Depois de décadas afirmando-se que o mercado seria responsável por corrigir as disparidades de renda entre pobres e ricos, pesquisas e estatísticas oficiais atestam justamente o contrário: os ricos estão cada vez mais ricos enquanto os pobres cada vez mais pobres.
Neste livro conciso e indispensável, Zygmunt Bauman enfrenta o problema e desmonta, uma a uma, as proposições errôneas que sustentam a ideia de que a riqueza de poucos beneficia todos nós. 






ESTANTE VIRTUAL. Disponível em:
< http://blog.estantevirtual.com.br/2017/01/09/morre-o-sociologo-zygmunt-bauman/ >. Acesso: 10 janeiro 2017