quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

5 ESCRITORAS PARA 2017



Confira 5 obras da lista de recomendações da Estante Virtual para 2017

"Uma seleção para preencher 2017 com histórias contadas por mulheres do mundo todo. As escolhas vão desde mundos fantásticos aos livros de não ficção. Um para cada mês do ano. “Who run the world?/ Girls!" (ESTANTE VIRTUAL)



Outlander - A Viajante do Tempo, por Diana Gabaldon

Em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, a enfermeira Claire Randall volta para os braços do marido, com quem desfruta uma segunda lua de mel em Inverness, nas Ilhas Britânicas. Durante a viagem, ela é atraída para um antigo círculo de pedras, no qual testemunha rituais misteriosos. Dias depois, quando resolve retornar ao local, algo inexplicável acontece: de repente se vê no ano de 1743,numa Escócia violenta e dominada por clãs guerreiros.

Tão logo percebe que foi arrastada para o passado por forças que não compreende, Claire precisa enfrentar intrigas e perigos que podem ameaçar a sua vida e partir o seu coração. Ao conhecer Jamie, um jovem guerreiro escocês, sente-se cada vez mais dividida entre a fidelidade ao marido e o desejo. Será ela capaz de resistir a uma paixão arrebatadora e regressar ao presente?



A vida que ninguém vê, por Eliane Brum

Uma repórter em busca dos acontecimentos que não viram notícia e das pessoas que não são celebridades. Uma cronista à procura do extraordinário contido em cada vida anônima. Uma escritora que mergulha no cotidiano para provar que não existem vidas comuns. O mendigo que jamais pediu coisa alguma. O carregador de malas do aeroporto que nunca voou. O macaco que ao fugir da jaula foi ao bar beber uma cerveja. O álbum de fotografias atirado no lixo que começa com uma moça de família e termina com uma corista. O homem que comia vidro, mas só se machucava com a invisibilidade.

Essas fascinantes histórias da vida real fizeram sucesso no final dos anos 90, quando as crônicas-reportagens eram publicadas na edição de sábado do jornal Zero Hora. Reunidas agora em livro, formam uma obra que emociona pela sensibilidade da prosa de Eliane Brum e pela agudeza do olhar que a repórter imprime aos seus personagens - todos eles tão extraordinariamente reais que parecem saídos de um livro de ficção.



Vintém de cobre: Meias confissões de Aninha, de Cora Coralina

No tempo do mil-réis, o vintém de cobre era a moeda mais desvaliosa, aquela que mal comprava um doce. Por modéstia e também um pouco por malícia (talvez muita malícia), Cora Coralina batizou com o nome da velha moeda as suas quase memórias, ou meias-confissões, como ela prefere, redigidas em versos. 

É um livro tumultuado, aberrante, da rotina de se fazer e ordenar um livro./ Tumultuado, como foi a vida daquela que o escreveu. Vida tumultuada, cheia de esbarrões do destino que, em vez de provocar desânimo, despertaram no espírito de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Brêtas (nome verdadeiro de Cora Coralina) uma fibra de guerreira e uma sabedoria simples, por vezes meio marota, feita de respeito e piedade pelo ser humano, sobretudo pelos que sofrem, mas também com um fundo de ironia mansa e de malícia sem maldade, um humor típico da gente do interior, um sarcasmo angelical (se é que há sarcasmo entre os anjos), mistura de humildade franciscana e revolta diante das estúpidas repressões da sociedade e da dureza dos costumes antigos, sob os quais se criou, foi educada e que lhe deixou marcas tão profundas na alma: 

Na casa antiga, castigos corporais e humilhantes, coerção,/ atitudes impostas, ascendência férrea, obediência cega./ Filhos foram impiedosamente sacrificados e despojados./ E para alguma rebeldia indomável, lá vinha a ameaça terrível, impressionante/ da maldição da mãe, a que poucos resistiam./ Do resto prefiro não esmiuçar.Os poemas de Vintém de Cobre são todos escritos neste tom simples e comunicativo, num lirismo quase de toada sertaneja, ricos de experiência humana. Talvez por pudor, ou autodefesa, nunca revelam toda a dureza dos fatos. Ficam nas meias-confissões. E por malícia são chamados de vintém de cobre quando, na realidade, constituem a mais pura e autêntica moeda de ouro.



Americanah, por Chimamanda Ngozi Adichie

Nascida no dia 15 de setembro de 1977 na Nigéria, Chimamanda Ngozi Adichie publicou seu primeiro romance, Hibisco roxo, em 2003. O segundo, Meio sol amarelo, ganhou o importante Orange Prize em 2007. A autora é voz importante na luta pelo direito das mulheres, tendo escrito,
inclusive, as obras Sejamos todos feministas e Americanah – uma história de amor implacável que trata de questões de raça, de gênero e de identidade. Bem-humorado, sagaz e sensível, esta obra é, além de um romance arrebatador, um épico contemporâneo.




Fim, de Fernanda torres

O romance de estreia de Fernanda Torres traz um grupo de amigos cariocas às voltas com a morte e as próprias frustrações. Com uma narrativa leve e a partir de diferentes pespectivas, Fernanda conta e reconta os fatos, deixando a história ainda mais rica e envolvente. Com Fim, seu primeiro romance, a atriz consolida sua transição para o universo das letras e mostra que, nesse âmbito, é uma artista tão completa quanto no palco ou diante das câmeras.








Veja a matéria completa:
→ 12 escritoras para ler em 2017










ESTANTE VIRTUAL. Disponível em:
< http://blog.estantevirtual.com.br/2017/01/12/12-escritoras-para-ler-em-2017/ >. Acesso: 08 fevereiro 2017

SKOOB. Disponível em:
< https://www.skoob.com.br/ >. Acesso: 08 fevereiro 2017